Estações da Vida

Aquele vento gelado de inverno passa pelo rosto vermelho de frio, corta-o, raspando-o, trazendo consigo o peso de feitos perdidos ao longo do ano, pessoas que você decepcionou, fez chorar, fez repercutir a raiva...
Passa o tempo, e de gelado, as flores da esperança renascem dentro de ti com a chegada da primavera. Renovação. Alegria. Cores para uma vida antes cinzenta.
O tempo, em um piscar de olhos passa novamente, e ao perder o tempo contemplando a beleza da primavera, vem a chegada do mormaço do verão, que faz com que cada gota de suor do seu duro trabalho, para compensar o tempo perdido, lhe extenue. Noites sem dormir, consciência pesada de não ter alcançado seus objetivos do que parecia um longo ano, porém que tão rápido já vem chegando ao fim, para que então outro venha junto à brisa e ondas marítimas no ano novo levando toda essa carga embora, trazendo novas pessoas, chances de fazer o melhor, de encrever novamente outro livro de 365 páginas...
Aliás, a vida é como as estações sempre  renovando-se, podendo seguir ou não certo padrão, mas que no fim de tudo, o homem a deixa passar rapidamente, sem tempo de apreciar os belos momentos e paisagens que esta tem a oferecer, por deixar-se levar por sentimentos e situações toscos e irrelevantes... Assim nas estações, a neve aconchegante do inverno passa despercebida, já que este olha apenas para o gélido vento que o entristece, a luz forte de um dia quente de verão que traz mais vida à natureza, permitindo-a proliferar-se, perde o brilho resplandescente e sua possibilidade de clarear mentes, já que este repara apenas no suor e na pressão interna...
O homem e sua mania de olhar apenas para si, quando sua mente encontra-se em um processo aquisitivo... O homem e sua mania de ver sempre o lado ruim...
Porque somos assim...?



Feliz Ano Novo!




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